O buen vivir como possibilidade de sustentabilidade na Pan-Amazônia a partir das reservas Cajari e Alpahuayo Mishana

Autores

  • Marlinda Patricio Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Ligia T. Lopes Simonian Universidade Federal do Pará (UFPA) e lotada no Núcleo de Estudos Amazônicos (NAEA), Belém, Brasil.
  • Roberto Pezo-Díaz Faculdade de Ciências Biológicas. Universidade Nacional da Amazônia Peruana, Iquitos/Peru.

Palavras-chave:

Bem Viver, Sustentabilidade, Políticas Públicas.

Resumo

Este artigo é resultado de pesquisa qualitativa, interdisciplinar e documental sobre sustentabilidade, políticas públicas ambientais e bem-estar, coleta de imagens e trabalho de campo nas Reservas Extrativistas do Rio Cajari (RESEX Rio Cajari Amapá-Brasil) e Reserva Nacional Allpahuayo Mishana (RNAM Iquitos - Peru) e os planos de utilização nessas reservas. A coleta de dados ocorreu em janeiro / fevereiro, março e abril de 2016 por meio de entrevistas durante a investigação de campo para conduzir um estudo maior nas Áreas de Preservação das Nações Unidas (UNPA). O exame das condições de vida das populações das duas reservas visitadas e se o paradigma da boa vida é um objetivo das políticas públicas é o objetivo deste documento. O buen vivir surgiu mais recentemente como um paradigma alternativo, uma tendência proposta como um novo modelo de desenvolvimento para a América Latina. Portanto, se você deseja ver se é possível sua aplicação em áreas reservadas habitadas por populações tradicionais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marlinda Patricio, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Doutora em Ciências do Desenvolvimento Socioambiental/PPGDSTU-NAEA/U/FPA. Mestre em Antropologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA), especialização em História da Amazônia CFCH/UFPA.

Ligia T. Lopes Simonian, Universidade Federal do Pará (UFPA) e lotada no Núcleo de Estudos Amazônicos (NAEA), Belém, Brasil.

Antropóloga com Ph. D. e Pós-Doc. na Universidade da Cidade de Nova Iorque, EUA. Professora Titular da Universidade Federal do Pará (UFPA) e lotada no Núcleo de Estudos Amazônicos (NAEA), Belém, Brasil.

Roberto Pezo-Díaz, Faculdade de Ciências Biológicas. Universidade Nacional da Amazônia Peruana, Iquitos/Peru.

Doutor em Ciências com menção em Ecologia; Professor Principal, Faculdade de Ciências Biológicas. Universidade Nacional da Amazônia Peruana, Iquitos/Peru.

Referências

Abramovay, R. (2010). Desenvolvimento sustentável: qual a estratégia para o Brasil? Novos estudos CEBRAP 87, São Paulo, p. 97-113, jul.

Acosta, A. (2008). El Buen Vivir, una Oportunidad por Construir. Revista Ecuador Debate, n. 75, p. 33-48.

Alonso, J. A. (2006). Imágines del paraíso. La Reseva Nacional Allpahuayo-Mishana. Iquitos: IIAP/WUST.

Appadurai, A. (2002). Disjuncture and difference in the global cultural economy. In: Inda, J. X; Rosaldo, R. The anthropology of globalization: a reader. Oxford, UK: Blackwell Publishing. p. 46-64.

Benchimol, S. (2000). A Amazônia e o terceiro milênio. Revista Parcerias Estratégicas, n. 9, p. 22-34, out.

Boff, L. (2009). ¿Vivir Mejor o El Buen Vivir? Disponível em: http://www.otrodesarrollo. Acesso em: 14 set. 2017.

Brasil. Ministério do Meio Ambiente. (1994). Decreto 1.354, de 29 de dezembro. Aprova CDB. Disponível em: http://www.mma.gov.br/biodiversidade/projetos-sobre-a-biodiveridade/projeto-de-conserva%C3%A7%C3%A3o-e-utiliza%C3%A7%C3%A3o-sustent%C3%A1vel-da-diversidade-biol%C3%B3gica-brasileira-probio-i. Acesso em: 05 de jan. de 2017.

Brasil. (1994). Ministério do Meio Ambiente. Decreto Legislativo nº 2 de fevereiro; cria a CDB. Disponível em: http://www.mma.gov.br/destaques/item/7513. Acesso em 09 de jan. de 2017.

Brasil. (2002). Ministério do Meio Ambiente. Decreto 4.339 de 22 de agosto; institui a Política Nacional de Biodiversidade. Disponível em: http://www.mma.gov.br/biodiversidade/projetos-sobre-a-biodiveridade/projeto-de-conserva%C3%A7%C3%A3o-e-utiliza%C3%A7%C3%A3o-sustent%C3 Acesso em: 07 de jan.de 2017.

Brasil. (1996). Plano de utilização da Reserva Extrativista do Rio Cajari. Disponível em: <(http://dc.itamaraty.gov.br/imagens-e-textos/revista4-mat11.pdf>. Acesso em: 07 de jan. de 2017.

Castells, M. (2000). Material for an exploratory theory of the network society. British Journal of Sociology, v. 51, n. 1, p. 5-24, jan./mar.

Choquehuanca, C. (2010). Hacia la reconstrucción del Vivir Bien. America Latina en Movimiento, ALAI, n. 452, p. 6-13.

Deslauriers, J.-P. (1991). Recherche qualitative – guide pratique. Montreal: McGraw-Hill.

Dourojeanni, M. (2013). Loreto sostenible al 2021. Lima: DAR, Peru.

EASTONE, D. (1965). A framework for political analysis. Englewood Cliffs: Prentice Hall.

Escobar, A. (1999). Imagining a post-development era? Critical thought, development and social movement: Social text, v. 31/32, p. 20-56.

Estermann, J. (2013). Ecosofi?a andina: un paradigma alternativo de convivencia co?smica y de vivir bien. FAIA, v. II, n. IX-X, p. 1-21.

Frey, K. (2000). Políticas públicas: um debate conceitual e reflexões referentes à prática da análise de políticas públicas no Brasil. Revista Planejamento e Políticas Públicas, n. 21, p. 211-259, jun.

Gallegos, R. (2010). Los Nuevos Retos de America Latina. Socialismo del Sumak Kawsay o biosocialismo republicano. Senplades, p. 55-74.

Gudynas, E. (2011). Buen Vivir: Germinando alternativas al desarrollo. ALAI, n. 462, p. 1-20, fev.

Gudynas, E. (2011). Buen vivir: today’s tomorrow. Development, v. 54, n. 4, p. 441–447. Disponível em: <http://www.palgrave-journals.com/development/journal/v54/n4/pdf>. Acesso em: 06 abr. 2016.

Jantsch, E. (1972). Vers l’interdisciplinarité et la transdisciplinarité dans l’enseignement et l’innovation. In: APOSTEL, L. et al. L’interdisciplinarité: problèmes d’enseignement et de recherche dans les universités. Paris: CERI/OCDE. p. 98-125.

Kuhn, T. S. (1978). A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva.

Lipietz, A. (1988). Miragens e milagres: problemas da industrialização do terceiro mundo. São Paulo: Nobel.

Leff, E. (2000). Ecologia, capital e cultura: racionalidade ambiental, democracia participativa e desenvolvimento sustentável. Blumenau: Ed. da FURB. 381 p.

Mamani, F. (2010). Buen Vivir/Vivir Bien. Filosofía, políticas, estratégias y experiencias regionales andinas. CAOI.

Mauss, M. (1979). Antropologia. São Paulo: Ática.

Medina Filho, A. L. de. (2013). Importância das imagens na metodologia de pesquisa em psicologia social. Psicologia & Sociedade, v. 25, n. 2, p. 263-271.

Oliveira Filho, J. J. de. (1987). Curso de metodologia das Ciências Sociais: notas de aula. São Paulo, [Curso de Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo].

Palacios, J. D. (1994). Desarrollo sostenible de la Amazonía y proyecto nacional. In: ACHUNG, M. R. (Ed.). Amazonia hoy: políticas públicas, actores sociales y desarrollo sostenible. Lima: IIAP??UNAP?PUCP.

Patrício, M. M. (2017). Projetos da convenção sobre diversidade biológica (CDB): análises das políticas públicas do Brasil e Peru. Belém. 386 f. Tese doutorado. NAEA/UFPA.

Peralta, C. A. I. (2010). El Convenio sobre la diversidad biológica en el Perú. Análisis de su aplicación y avances en el Perú. Lima: MINAM.

Perú. (2016). Ministerio del Medio Ambiente - Mapa base do SERNANP, Escala 1:175,000 (2015). SERNANP, Iquitos, Perú.

Perú. (2004). Ministerio del Medio Ambiente. Plan Maestros de la Reserva Nacional Allpahuayo Mishana. Finlândia, Iquitos, Perú: BIODAMAZ.

Perú. (2001). Decreto Supremo n. 102/2001-PCM, de 5 de septiembre. Normas Legales cria Plano de Estratégia e Ação para a Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica no Peru, Diario Oficial El Peruano, Lima, año XIX, n. 7745, p. 209567.

Piaget, J. (1972). L’épistemologie des relations interdisciplinaires. In: Apostel, L. et al. (Ed.). L’interdisciplinarité: problèmes d’enseignement et de recherche dans les universités. Paris: CERI / OCDE. p. 131-144.

Redclift, M. R. (2002). Pós-sustentabilidade e os novos discursos de sustentabilidade. Raízes – Ensaios, v. 21, n. 1, p. 124-136, jan./jun.

Saez, M. T. (1997). El análisis de las políticas públicas. In: Bañón, R; Carrillo, E. (Ed.) En La Nueva Administración Pública. Madri: Alianza Editorial, S.A.

Sabatier, P.; Jenkins-Smith, H. (1993). Policy change and learning: the advocacy coalition approach. Boulder: Westview Press.

Salgado, F. (2010). Sumaq Kawsay: the birth of a notion? Cadernos EBAPE.BR, v. 8, n. 2, p. 198-208, jun.

Samonek, F. (2006). A borracha vegetal extrativa na Amazônia: um estudo de caso dos novos encauchados de vegetais no estado do Acre. Rio Branco. 160 p. Dissertação em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais / Universidade Federal do Acre.

Santos, B. de S. (1988). Um discurso sobre as ciências. 2. ed. Afrontamento.

Simonian, L. T. L. (2007a). Tendências recentes quanto à sustentabilidade no uso de recursos naturais pelas populações tradicionais amazônidas. In: ARAGÓN-VACA, L. E. (Org.). Populações e meio ambiente na Pan-Amazônia. Belém: NAEA/UNESCO. p. 25-53.

Simonian, L. T. L. (2007b). Uma relação que se amplia: fotografia e ciência sobre e na Amazônia. In: Kawage, C.; Ruggeri, S. (Org.). Imagens e pesquisa na Amazônia: ferramentas de compreensão da realidade amazônica. Belém: Alves. p. 15-52.

Souza, C. (2006). Políticas Públicas: uma revisão da literatura. Sociologias, Porto Alegre, ano 8, nº 16, jul./dez. p. 20-45.

Downloads

Publicado

2019-11-21

Como Citar

Patricio, M., Lopes Simonian, L. T., & Pezo-Díaz, R. (2019). O buen vivir como possibilidade de sustentabilidade na Pan-Amazônia a partir das reservas Cajari e Alpahuayo Mishana. Amazonia Investiga, 8(24), 579–591. Recuperado de https://amazoniainvestiga.info/index.php/amazonia/article/view/1018

Edição

Seção

Dossier